Bebês reborn e a discussão política

Quem usar bebê reborn para receber atendimento preferencial poderá ser multado - Foto: Divulgação/Amazon/ND

Quem usar bebê reborn para receber atendimento preferencial poderá ser multado – Foto: Divulgação/Amazon/ND

Os bonecos hiper-realistas conhecidos como bebês reborn viraram tema de debate no Congresso Nacional. Em poucos dias, três projetos de lei foram apresentados na Câmara dos Deputados tratando do assunto sob diferentes enfoques: desde a proibição de atendimentos em unidades de saúde até propostas de acolhimento psicossocial para quem os utiliza.

Uma das propostas é do deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP), que sugere vetar o atendimento a reborns no SUS e em instituições privadas conveniadas, salvo quando houver laudo médico que comprove uso terapêutico. A justificativa é evitar o uso de recursos públicos em práticas que não envolvem pessoas reais.

Na mesma linha, o deputado estadual Alex Brasil (PL) apresentou um projeto na Assembleia Legislativa de Santa Catarina proibindo o uso de reborns para garantir atendimento prioritário em estabelecimentos públicos e privados, como forma de coibir fraudes e preservar os direitos dos grupos que realmente têm prioridade legal.

O prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), embarcou na polêmica. Em tom de ironia, segurando um reborn, afirmou que quem buscasse atendimento nas unidades de saúde da cidade com o boneco seria internado “compulsoriamente”.

A fala gerou elogios e críticas: enquanto parte da população apoiou a provocação, profissionais de saúde mental alertaram para os usos legítimos desses bonecos em terapias voltadas ao luto e à saúde emocional.

A discussão em torno dos bebês reborn mostra como temas aparentemente inusitados podem expor questões maiores, como o uso responsável dos serviços públicos e o respeito a diferentes formas de cuidado emocional.

De um lado, há preocupação legítima com fraudes e exageros; de outro, a necessidade de olhar com sensibilidade para quem encontra nesses bonecos algum tipo de conforto. Cabe ao debate público — e ao bom senso — encontrar um caminho que respeite os dois lados.

Foi embora

O pouco tempo de permanência do secretário da Assistência Social de Florianópolis, Bruno Souza, durante reunião do Conselho Nacional de Assistência Social, causou estranheza entre os presentes, sexta-feira, na Capital. Visivelmente incomodado, Souza achou melhor ir embora, e não ficou para o debate (que incluía representantes da Defensoria Pública).

Itinerante

A última edição do Alesc Itinerante de 2025 será em Balneário Camboriú, na primeira semana de outubro, conforme publicado no Diário Oficial da Assembleia. Criado em 2024, o projeto já passou por cidades como Joinville, Blumenau e Chapecó. Neste ano, começa por São Miguel do Oeste, segue para Mafra e encerra na cidade natal do deputado Carlos Humberto (PL).

A iniciativa, lançada na gestão de Mauro de Nadal, e mantida por Julio Garcia, leva temporariamente a sede do Parlamento para outras regiões. O objetivo é fortalecer a relação com os municípios e discutir pautas locais. Carlos Humberto comemora a escolha e destaca a importância do evento para a cidade.

Afastamento anulado

A Justiça determinou o retorno de Claudir Bitencourt (PL) à Prefeitura de Capivari de Baixo, anulando o afastamento aprovado pela Câmara durante a abertura de uma CPI. A decisão é da juíza Ana Luiza da Cruz Palhares, que apontou falta de competência do Legislativo para afastar o prefeito.

A defesa foi conduzida pelo advogado Rodrigo Fernandes, nome forte para suceder Márcio Vicari na Procuradoria-Geral do Estado. Vicari deve deixar o cargo para disputar uma vaga no Tribunal de Justiça pelo Quinto Constitucional.

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