

A maioria dos acidentes dentro de casa envolve crianças e pessoas idosas – Foto: Divulgação
Acidentes domésticos provocaram 9,3 mil mortes no Brasil em 2023 – uma média de 25 por dia, segundo o Ministério da Saúde. Embora o número represente uma leve queda em relação a 2022, ainda é o segundo maior registro da última década. A maior parte dessas ocorrências poderia ter sido amenizada com medidas simples, tomadas nos primeiros minutos após o acidente.
Entre os principais vilões estão as quedas, que responderam por mais da metade das mortes registradas, principalmente entre idosos e crianças. Também chamam atenção os dados sobre engasgos (764 casos), quedas de escadas ou degraus (568), ingestão de conteúdo tóxico ou gástrico (366) e choques elétricos (346).
São situações que ocorrem, muitas vezes, dentro do próprio lar, justamente onde nos sentimos mais seguros. Por isso, ter atenção aos detalhes, entender os sinais de alerta e saber como agir nos primeiros minutos são atitudes que fazem a diferença. A resposta imediata pode evitar complicações e garantir mais estabilidade até a chegada do atendimento especializado.
Emergências mais comuns no ambiente doméstico
Quedas
As quedas são responsáveis por mais da metade das mortes por acidentes domésticos no Brasil. Em 2023, foram 4.966 óbitos, segundo o Ministério da Saúde — a maioria envolvendo pessoas com mais de 60 anos. Muitas vezes, o acidente acontece em locais como banheiros, degraus ou tapetes soltos, em horários comuns do dia.
Ao presenciar uma queda, mantenha a calma, evite mover a pessoa e observe sinais como a intensidade da dor, dificuldade para falar ou alteração de consciência. A pressa em ajudar pode causar ainda mais lesões, especialmente quando há suspeita de trauma na coluna.
Engasgos
Os engasgos causaram 764 mortes no Brasil em 2023 e exigem resposta imediata. Crianças pequenas e idosos são os mais vulneráveis, mas qualquer pessoa pode se engasgar com alimentos mal mastigados ou líquidos em excesso.
Quando a vítima ainda está tossindo, o melhor a fazer é observar e não interferir. Se houver sinal de sufocamento – ausência de sons, olhos arregalados, mãos no pescoço -, é preciso agir rápido. A manobra de Heimlich é indicada, mas só deve ser feita por quem conhece a técnica, já que o movimento incorreto pode causar fraturas ou agravar o quadro.
Choques elétricos

Choques elétricos estão entre as principais emergências causadas por acidentes domésticos – Foto: Divulgação
Com 346 mortes registradas em 2023, os choques elétricos ainda são tratados com descuido no dia a dia. Fios desencapados, aparelhos usados com as mãos molhadas ou instalações antigas aumentam o risco. Se alguém levar um choque e cair inconsciente, jamais toque nela antes de interromper a energia elétrica.
A recomendação é desligar o disjuntor e só então verificar sinais vitais. Se não houver respiração, inicia-se a reanimação cardiopulmonar (RCP) enquanto o socorro é acionado.
Intoxicações
Produtos de limpeza, medicamentos, cosméticos e até plantas ornamentais são causas frequentes de intoxicação – especialmente em casas com crianças. Em 2023, 366 pessoas morreram por ingestão de substâncias tóxicas. Se houver suspeita de ingestão, o primeiro passo é manter a vítima acordada e tentar identificar o que foi consumido.
Chamar o serviço de emergência e informar o máximo possível sobre o produto é essencial. Nunca induza o vômito ou ofereça líquidos, como leite ou água. Essas medidas podem intensificar os danos.
Queimaduras
As queimaduras domésticas são comuns, principalmente entre crianças e mulheres. Líquidos quentes, superfícies aquecidas e óleo fervente estão entre os principais causadores. O tratamento inicial deve começar com água corrente em temperatura ambiente sobre a área afetada.
Nada de pomadas, gelo, pasta de dente ou receitas caseiras: além de ineficazes, essas práticas dificultam a avaliação médica e podem causar infecções. Após resfriar o local do ferimento, o ideal é cobrir com um pano limpo e buscar atendimento, principalmente se a área atingida for extensa ou envolver rosto e articulações.
Atitudes que podem agravar o quadro da vítima
Em situações de emergência, é natural querer agir rapidamente, mas muitas vezes, atitudes impulsivas acabam piorando a situação da vítima. Tentar ajudar sem preparo ou repetir práticas populares, mas incorretas, pode causar danos adicionais e atrasar o atendimento profissional.
Mover a vítima sem necessidade
Ao presenciar uma queda, o instinto imediato pode ser ajudar a pessoa a se levantar. No entanto, se houver suspeita de fratura, trauma na cabeça ou na coluna, qualquer movimentação brusca pode agravar a lesão. A recomendação é manter a pessoa imóvel e confortavelmente posicionada até a chegada da equipe de emergência.
Dar líquidos ou alimentos durante um engasgo
Oferecer água ou tentar forçar a deglutição enquanto a pessoa engasga pode piorar a obstrução das vias aéreas. Se ela ainda estiver tossindo, o ideal é não interferir. Caso os sinais indiquem sufocamento completo, é necessário agir com técnica ou acionar imediatamente o socorro especializado.
Aplicar substâncias caseiras em queimaduras
O uso de pasta de dente, manteiga, pó de café ou outros produtos não recomendados é um erro comum e perigoso. Essas substâncias dificultam a avaliação médica, aumentam o risco de infecção e, em vez de aliviar, agravam a lesão. A orientação correta é lavar com água corrente em temperatura ambiente e cobrir com um pano limpo.
Tocar na vítima durante um choque elétrico
Em casos de choque, a prioridade é interromper a fonte de energia antes de qualquer contato. Encostar na vítima enquanto ela ainda está em contato com a corrente elétrica expõe quem tenta ajudar ao mesmo risco. O ideal é desligar o disjuntor geral e, só depois, prestar os primeiros cuidados.
Induzir o vômito em casos de intoxicação
Apesar de ainda ser uma prática comum, provocar o vômito após ingestão de substâncias tóxicas pode causar lesões no trato digestivo ou levar ao sufocamento. A melhor conduta é manter a vítima acordada, colher informações sobre o que foi ingerido e buscar orientação do serviço de emergência.
O que não pode faltar em casa durante uma emergência
Estar preparado para emergências não significa esperar pelo pior, mas sim garantir que, se o inesperado acontecer, a resposta seja rápida e eficaz. Algumas medidas simples podem fazer toda a diferença quando cada segundo conta.
Kit de primeiros socorros
O básico, mas fundamental: um kit bem montado deve incluir itens como gazes estéreis, soro fisiológico, antisséptico, termômetro, luvas descartáveis, curativos e medicamentos de uso diário. Tenha um estojo organizado, com fácil acesso e sem itens vencidos. A revisão periódica é necessária para garantir que o kit esteja sempre pronto para ser usado.
Equipamentos de segurança acessíveis

Estar preparado para emergências não significa esperar pelo pior, mas sim garantir que, se o inesperado acontecer, a resposta seja rápida e eficaz – Foto: Divulgação
Em casa, a segurança começa pela prevenção. Ter extintores de incêndio dentro do prazo de validade, lanternas, cobertores e água potável bem posicionados é um passo importante. Esses itens não precisam de manutenção constante, mas devem estar ao alcance quando necessário, principalmente em áreas como cozinha e sala.
Adaptações para crianças e idosos
Se você convive com crianças ou idosos, a segurança precisa de atenção redobrada. Além de protetores de tomada e travas de segurança, é importante garantir que o ambiente seja acessível e seguro. Tapetes antiderrapantes, barras de apoio no banheiro e corrimãos nas escadas podem prevenir quedas, uma das principais causas de acidentes domésticos.
Contatos de emergência visíveis e acessíveis
Ter os números de emergência (SAMU, Corpo de Bombeiros, hospital de referência) e de pessoas de confiança sempre à mão é imprescindível. Mantenha essas informações em locais visíveis e de fácil acesso, como na porta da geladeira.
Além disso, contar com um plano de urgência e emergência, como o da Help, pode otimizar a resposta. A Help Emergências Médicas oferece suporte especializado 24 horas por dia, com atendimento rápido e eficaz. Com mais de 25 anos de experiência, é referência no atendimento de urgência em Florianópolis, São José, Biguaçu e Palhoça, atendendo tanto residências, quanto empresas e grandes eventos.
Além da estrutura avançada com UTI móvel, equipe médica altamente capacitada e recursos tecnológicos, a empresa se destaca por oferecer Telemedicina, Remoções Assistidas, Transferências e Altas Hospitalares, além de outros serviços.
Com a Help, saber como agir enquanto o socorro não chega ganha ainda mais relevância. O preparo e a prevenção fazem a diferença em momentos críticos, permitindo que a emergência seja controlada antes mesmo da chegada ao hospital.
Para mais informações sobre os planos e serviços, acesse: help-sc.com.br.