Dólar fecha em queda nesta quinta-feira (24) com incertezas tarifárias e pressão do mercado

Valor do dólar fechou o dia em queda nesta quinta-feira (24)

Valor do dólar fechou o dia em queda nesta quinta-feira (24), após faltas de acordo tarifários entre Trump e China – Foto: Deny Campos/Arte/ND

O valor do dólar fechou o dia em queda nesta quinta-feira (24), conforme o Banco Central do Brasil. Pela manhã, a moeda norte-americana estava custando R$ 5,67. Na quarta-feira (23), o fechamento ficou em R$ 5,71.

O dólar fechou em queda nesta quinta-feira (25), refletindo o aumento da aversão dos investidores globais à moeda norte-americana em meio a incertezas persistentes sobre a política tarifária dos Estados Unidos. As oscilações no discurso do governo Trump sobre a possibilidade de negociações com a China abalaram a confiança do mercado.

Às 10h35 (horário de Brasília) desta quinta-feira (24), o dólar à vista operava em baixa de 0,90%, cotado a R$ 5,667 na compra e na venda. Na B3 (Bolsa de Valores brasileira), o dólar para maio, atualmente mais líquido, caía 0,67% com 5.671 pontos.

Confira o valor do dólar hoje

Dólar comercial

Usado em negociações internacionais e operações financeiras.

  • Compra: R$ 5,685
  • Venda: R$ 5,686

Dólar turismo

Voltado para viagens e compras no exterior, sua cotação inclui impostos e taxas.

  • Compra: R$ 5,726
  • Venda: R$ 5,906

O que fez o dólar cair?

Na véspera, os agentes financeiros demonstraram certo alívio após declarações do presidente Donald Trump e do secretário do Tesouro, Scott Bessent, sugerirem abertura para diálogo com Pequim. No entanto, o cenário voltou a se tornar nebuloso quando, na quarta-feira, Bessent afirmou que não haverá retirada unilateral das tarifas como condição prévia para o início das negociações.

Em contrapartida, o Ministério do Comércio da China reagiu exigindo a remoção de todas as tarifas impostas unilateralmente pelos Estados Unidos como pré-requisito para qualquer avanço no entendimento comercial. A divergência entre os dois países aumentou o desconforto nos mercados.

A crescente volatilidade geopolítica contribuiu para que investidores buscassem ativos alternativos, reduzindo sua exposição ao dólar. Esse movimento favoreceu moedas de mercados emergentes, como o real brasileiro, que se valorizou neste pregão com a nova queda do valor do dólar.

Segundo Bruno Botelho, especialista em câmbio da One Investimentos, “a China afirmou que só aceitará negociar se todas as tarifas forem retiradas, o que voltou a esfriar o otimismo em torno de um possível acordo. Bessent reforçou que Trump não chegou a propor uma retirada unilateral das tarifas, adicionando incertezas ao cenário”.

Enquanto o impasse comercial internacional continua, no Brasil os holofotes do mercado se voltam para a agenda do Banco Central. Pela manhã, os diretores Renato Gomes e Gilneu Vivan divulgaram a lista de prioridades regulatórias da autarquia para os anos de 2025 e 2026.

No período da tarde, os diretores Diogo Guillen e Paulo Picchetti participam de eventos paralelos em Washington, durante as reuniões de primavera do FMI e Banco Mundial.

As declarações dos representantes do BC devem ser acompanhadas com atenção pelos investidores, uma vez que podem sinalizar os próximos passos da política monetária doméstica e influenciar a trajetória do câmbio nos próximos dias.

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