

Guarani e Figueirense duelaram no estádio Brinco de Ouro da Princesa, em Campinas (SP) – Foto: Raphael Silvestre/Guarani FC
O dito manezinho que diz ‘vinhas tão bem e discambássi” pode ser relacionado com a sequência de cartões vermelhos que o time do Figueirense tem sofrido na Série C do Campeonato Brasileiro.
Depois de ser um time que buscava menos o contato no Campeonato Catarinense, quando teve apenas Kayke expulso no clássico diante do Avaí, mas na Série C o jogo virou e o time teve três jogadores recebendo o cartão vermelho nos últimos três jogos fora de casa.
O modelo de jogo e a ideia implantada pelo técnico Pintado é de fazer o time buscar mais o contato, matar jogadas e atuar de forma intensa – deu resultado diante do Ituano, por exemplo. Na entrevista coletiva, o treinador citou a situação dos cartões.
“É um assunto que vou conversar internamente com os atletas, mas mostra competitividade, não é por falta de luta, mas excesso de vontade. Não podemos cometer mais esses erros, estamos sofrendo muito com isso. A gente acaba oferecendo ao adversário algo que a gente não deveria. Pra mim, o primeiro cartão não foi falta, uma arbitragem que deixou muito a desejar”, comentou Pintado.
Porém, em duas oportunidades o time teve um jogador expulso no primeiro tempo e uma no fim do segundo. Diante do Retrô, ainda com Thiago Carvalho no comando, Flávio foi expulso aos 26 minutos de jogo – no lance até a marcação da falta é discutível. Como não tem VAR na Série C, o cartão vermelho fez o time recuar e no fim o Figueira tomou a virada.
Na partida contra o Itabaiana, já com Pintado no comando da equipe, Gabriel Santiago reclamou com o árbitro sobre uma falta, disse ter falado ‘palhaçada’, mas o juiz disse ter se ofendido por ter sido chamado de ‘palhaço’ e mandou o meia alvinegro para fora.
Por último, em mais um jogo de grande importância e que fez o sentido da partida mudar para o Furacão, Jhony Douglas ganhou o vermelho por cometer duas faltas em um intervalo curto de tempo e que o juiz julgou serem pesadas.

Flávio passando pela marcação de jogador do Ituano – Foto: Rodrigo Polidoro/ND
Justificativa das expulsões do Figueirense
Cada jogo é um jogo e a história do cartão vermelho quem registra é o árbitro. No jogo do Retrô, por exemplo, Alexandre Vargas Tavares de Jesus mandou o volante Flávio para o chuveiro por considerar uma entrada temerária.
Já na expulsão de Gabriel Santiago contra o Itabaiana, já nos acréscimos, o árbitro Tarcísio Flores da Silva alegou que foi desrespeitado pelo jogador após um lance. Por último, na segunda-feira, Jhony Douglas foi mandado pra rua diante do Guarani por, segundo o juiz Raimundo Rodrigues de Oliveira Junior, dar uma entrada temerária. O problema é que foi uma falta em sequência, já que o volante alvinegro havia recebido o cartão amarelo minutos antes.
Expulsão de Flávio – 26min do 1ºT – Retrô
Motivo: “Dar ou tentar dar uma rasteira ou um calço em um adversário de maneira temerária na disputa da bola. Aos 26 minutos do 1º tempo, expulsei do campo de jogo, pelo 2º cartão amarelo, o Sr. Luiz Flávio Silvério Silva, nº 35 da equipe do Figueirense, por dar um calço temerário no seu adversário na disputa pela bola, atingindo o pé direito do nº 16, o Sr. Iba Ly, da equipe do Retrô.
O jogador atingido recebeu atendimento médico, voltou para a partida e foi substituído aos 32 minutos do 1º tempo. A infração aconteceu nas proximidades do meio-campo. O atleta expulso deixou o campo de jogo sem relutar.
Expulsão de Gabriel Santiago – 48min do 2ºT – Itabaiana
Motivo: “Expulsei aos 48 minutos do segundo tempo com cartão vermelho direto o atleta Gabriel Santiago Oliveira, número 10 da equipe Figueirense, por ofender o árbitro proferindo as seguintes palavras: ‘Você é palhaço, você é palhaço mesmo’. Não houve resistência por parte do atleta expulso para deixar o campo de jogo”.
Expulsão de Jhony Douglas – 42min do 1ºT – Guarani
Motivo: “Dar uma entrada contra um adversário de maneira temerária na disputa da bola. Por o mesmo dar um carrinho lateral, atingindo de raspão seu adversário de maneira temerária na disputa da bola. Informo que o jogador expulso deixou o campo de jogo normalmente e o atleta atingido retornou ao campo após atendimento médico”.