Polícia investiga se dupla teve motivação financeira para ocultar o corpo. Irmãos são presos em flagrante por manter corpo de pai há meses dentro de casa no Rio
Os irmãos que foram presos por ocultar o cadáver do pai de 88 anos na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio, foram transferidos para unidades psiquiátricas nesta sexta-feira (23). A Justiça marcou a audiência de custódia de Marcelo Marchese D’Ottavio e Tania Conceição Marchese D’Ottavio para esta tarde.
Marcelo foi encaminhado para o Hospital Psiquiátrico Philippe Pinel, enquanto Tania está internada no Hospital Municipal Pedro II. A Justiça vai decidir se eles vão seguir sob custódia ou responderão em liberdade.
A investigação da 37ª DP (Ilha do Governador) descobriu que Dario Antonio Raffaele D’Ottavio tinha 2 benefícios ativos no INSS, o que reforça a tese de que o corpo do idoso foi mantido dentro de casa durante meses por motivação financeira.
Na última quarta-feira (21), o corpo de Dario foi encontrado em avançado estado de decomposição em um dos cômodos do apartamento onde viviam os filhos. Eles foram presos em flagrante por ocultação de cadáver, resistência e lesão corporal.
“As diligências iniciais revelaram que Dario era titular de 2 benefícios previdenciários ativos junto ao INSS, uma aposentadoria e uma pensão por morte, o que reforça suspeitas sobre possível motivação financeira por parte dos indiciados”, revelou o delegado Felipe Santoro, titular da 37ª DP.
“Essa linha de apuração segue sob análise, sem prejuízo da consideração de outras hipóteses investigativas”, ressaltou o delegado.
A 37ª DP (Ilha do Governador) não descarta a possibilidade de homicídio.
Bens novos e casa trancada
A Polícia Civil encontrou diversos bens aparentemente novos na casa, o que já tinha levantado as suspeitas de motivação financeira.
Os investigadores acreditam que Dario tenha morrido há pelo menos 6 meses, mas vizinhos contaram que não o viam desde novembro de 2023. Antes, recordam terem ouvido uma briga entre Dario e Marcelo, em que o filho ordenava ao pai que lhe entregasse o cartão do banco e a senha, e que Dário teria se recusado.
Daquela época em diante, os filhos praticamente trancaram a casa e não deixaram ninguém entrar.
Uma vizinha relatou ter acionado a Polícia Militar diversas vezes para que os agentes entrassem no imóvel e verificassem o paradeiro do idoso. Ela chegou a suspeitar que ele estivesse sendo mantido em cárcere privado pelos filhos. Segundo ela, Marcelo impediu a entrada dos PMs no apartamento.
Em depoimento, ela informou ainda ter procurado o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) de Tubiacanga, mas ouviu que, sem um mandado judicial, nem o órgão nem a polícia poderiam intervir.
Os irmãos que foram presos por ocultar o cadáver do pai de 88 anos na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio, foram transferidos para unidades psiquiátricas nesta sexta-feira (23). A Justiça marcou a audiência de custódia de Marcelo Marchese D’Ottavio e Tania Conceição Marchese D’Ottavio para esta tarde.
Marcelo foi encaminhado para o Hospital Psiquiátrico Philippe Pinel, enquanto Tania está internada no Hospital Municipal Pedro II. A Justiça vai decidir se eles vão seguir sob custódia ou responderão em liberdade.
A investigação da 37ª DP (Ilha do Governador) descobriu que Dario Antonio Raffaele D’Ottavio tinha 2 benefícios ativos no INSS, o que reforça a tese de que o corpo do idoso foi mantido dentro de casa durante meses por motivação financeira.
Na última quarta-feira (21), o corpo de Dario foi encontrado em avançado estado de decomposição em um dos cômodos do apartamento onde viviam os filhos. Eles foram presos em flagrante por ocultação de cadáver, resistência e lesão corporal.
“As diligências iniciais revelaram que Dario era titular de 2 benefícios previdenciários ativos junto ao INSS, uma aposentadoria e uma pensão por morte, o que reforça suspeitas sobre possível motivação financeira por parte dos indiciados”, revelou o delegado Felipe Santoro, titular da 37ª DP.
“Essa linha de apuração segue sob análise, sem prejuízo da consideração de outras hipóteses investigativas”, ressaltou o delegado.
A 37ª DP (Ilha do Governador) não descarta a possibilidade de homicídio.
Bens novos e casa trancada
A Polícia Civil encontrou diversos bens aparentemente novos na casa, o que já tinha levantado as suspeitas de motivação financeira.
Os investigadores acreditam que Dario tenha morrido há pelo menos 6 meses, mas vizinhos contaram que não o viam desde novembro de 2023. Antes, recordam terem ouvido uma briga entre Dario e Marcelo, em que o filho ordenava ao pai que lhe entregasse o cartão do banco e a senha, e que Dário teria se recusado.
Daquela época em diante, os filhos praticamente trancaram a casa e não deixaram ninguém entrar.
Uma vizinha relatou ter acionado a Polícia Militar diversas vezes para que os agentes entrassem no imóvel e verificassem o paradeiro do idoso. Ela chegou a suspeitar que ele estivesse sendo mantido em cárcere privado pelos filhos. Segundo ela, Marcelo impediu a entrada dos PMs no apartamento.
Em depoimento, ela informou ainda ter procurado o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) de Tubiacanga, mas ouviu que, sem um mandado judicial, nem o órgão nem a polícia poderiam intervir.