
Nesta sexta-feira (23), o Brasil e o mundo se despediram de um dos maiores fotojornalistas de todos os tempos. Aos 81 anos, Sebastião Salgado, que enfrentava problemas decorrentes de uma malária contraída nos anos 90 durante uma viagem à Indonésia, morreu em Paris, onde residia.
Por conta da malária, o fotógrafo lidava com sequelas, como uma doença sanguínea, determinante para sua aposentadoria. Sebastião compartilhou que o seu corpo estava sentindo “os impactos de anos de trabalho em ambientes hostis e desafiadores”.
Por meio de suas lentes e sempre ao lado de sua companheira, Lélia Deluiz Wanick Salgado, ele estimulou a ideia de que a restauração ambiental é necessária à sociedade em geral. Um de seus trabalhos mais marcantes, Serra Pelada foi incluída pelo jornal The New York Times em uma seleção de 25 imagens que definem a modernidade desde 1955.
Serra Pelada, localizada no coração da floresta amazônica, no leste do Pará, ficou conhecida como o maior garimpo a céu aberto do mundo.
O acervo de Sebastião, composto por mais de quatrocentas obras, está principalmente na Maison Européenne de la Photographie, uma instituição francesa que o expõe em colaboração com outras instituições, como o centro Les Franciscaines em Deauville, onde, inclusive, uma mostra atual está em exibição. Ainda, outra parte do portfólio do fotógrafo também está guardado em outras organizações, como o Museu Oscar Niemeyer e na Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).
Os cinquenta anos de carreira resultaram em um legado carregado por imagens que denunciaram injustiças e homenagearam a resistência humana. Confira algumas das fotos mais marcantes de sua trajetória.
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