
Uma tempestade solar classificada como X2.7, a mais forte do ano, atingiu a Terra, causando blecautes em sistemas de rádio de alta frequência e afetando comunicações na Europa, Ásia e Oriente Médio.
O fenômeno, que ocorreu nesta quarta-feira (14), partiu da mancha solar AR4087, por volta das 05:25 (horário de Brasília), e liberou partículas carregadas que ionizaram a atmosfera superior do planeta, segundo a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA), dos Estados Unidos.
As explosões solares são categorizadas em uma escala de A a X, sendo as da classe X as mais poderosas.
Cada nível representa um aumento de dez vezes na intensidade.
A X2.7, embora considerada “moderada” dentro da classe X, emitiu rajada de raios X e radiação ultravioleta extrema que viaja à velocidade da luz, ionizando moléculas na atmosfera e criando interferências em tecnologias como rádio, satélites e redes elétricas.
A mancha AR4087 permanece ativa e já liberou duas novas erupções: uma M5.3 e uma M7.74.
A preocupação é que, conforme a mancha gire em direção à Terra, novas tempestades possam atingir o planeta de forma mais direta, ampliando os riscos de danos.
Falhas em previsões
Em maio de 2023, um exercício de simulação nos EUA revelou falhas na capacidade de prever e responder a tempestades solares extremas.
Participantes do teste, que incluíam agências governamentais, identificaram limitações na tecnologia de monitoramento, dificultando decisões rápidas durante crises.
O cenário ganha relevância após uma erupção em abril, quando duas ejeções de massa coronal se fundiram no espaço causado auroras em locais incomuns, como Escócia e Polo Sul.