

Valor do dólar fecha em alta nesta segunda-feira (12), mesmo com trégua comercial entre EUA e China – Foto: Deny Campos/Arte/ND
O valor do dólar fechou o dia em alta nesta segunda-feira (12), conforme o Banco Central do Brasil. Pela manhã, a moeda norte-americana estava custando R$ 5,67. Na sexta-feira (9), o fechamento ficou em R$ 5,65.
O dólar encerrou a sessão desta segunda-feira (12) em alta frente ao real, mesmo após o anúncio de um acordo entre Estados Unidos e China que prevê a redução temporária das tarifas aplicadas entre os dois países.
A reação do mercado cambial reflete, por um lado, o alívio com a trégua comercial, mas também a cautela dos investidores diante de outras tensões no cenário internacional.
Às 17h15 (horário de Brasília) desta segunda-feira (12), o dólar à vista operava em alta de 0,55%, cotado a R$ 5,6798 na compra e na venda. Na B3 (Bolsa de Valores brasileira), o dólar para junho, atualmente mais líquido, caía 0,57% a 5.707 pontos.
Confira o valor do dólar hoje
Dólar comercial
Usado em negociações internacionais e operações financeiras.
- Compra: R$ 5,683
- Venda: R$ 5,683
Dólar turismo
Voltado para viagens e compras no exterior, sua cotação inclui impostos e taxas.
- Compra: R$ 5,739
- Venda: R$ 5,919
O que fez o dólar subir?
O fim de semana marcou um avanço nas negociações entre as duas maiores economias globais. Durante o encontro em Genebra, EUA e China concordaram em reduzir significativamente as tarifas punitivas impostas em abril.
No novo arranjo, os Estados Unidos diminuirão suas tarifas de 145% para 30% sobre importações chinesas, enquanto a China reduzirá de 125% para 10% as tarifas sobre produtos norte-americanos. As novas taxas ficarão em vigor por 90 dias.
Scott Bessent, secretário do Tesouro dos Estados Unidos, afirmou após as conversas: “Ambos os países representaram muito bem seus interesses nacionais. Nós dois temos interesse em um comércio equilibrado, e os EUA continuarão avançando nesse sentido.”
Apesar do acordo tarifário, a valorização do valor do dólar nesta segunda-feira indica que investidores ainda mantêm reservas quanto à estabilidade do ambiente geopolítico.
O temor de que o impasse entre EUA e China pudesse gerar impactos duradouros na economia mundial segue no radar, especialmente após semanas de instabilidade e fuga de capitais de ativos norte-americanos.
A decisão dos dois países de aliviar as tarifas é vista como um passo importante, mas temporário, já que o acordo possui prazo definido de 90 dias. Até lá, o mercado permanecerá sensível a qualquer sinal de retrocesso nas tratativas ou surgimento de novos focos de tensão.
O real, como outras moedas de países emergentes, segue vulnerável às oscilações externas, e a trajetória do valor do dólar no Brasil continuará sendo moldada pelo desdobramento das relações comerciais entre as potências.