

Valor do dólar fechou o dia em queda nesta sexta-feira (9), com baixa liquidez do mercado global – Foto: Deny Campos/Arte/ND
O valor do dólar fechou o dia em queda nesta sexta-feira (9), conforme o Banco Central do Brasil. Pela manhã, a moeda norte-americana estava custando R$ 5,65. Na quinta-feira (8), o fechamento ficou em R$ 5,66.
Em um dia de negociações com menor volume no mercado financeiro, o valor do dólar registrou leve desvalorização nesta sexta-feira (9), acompanhando o enfraquecimento da moeda norte-americana frente a outras divisas globais.
A queda ocorre em meio à expectativa pela rodada de conversas entre representantes dos Estados Unidos e da China, marcada para o fim de semana na Suíça.
Às 17h08 (horário de Brasília) desta sexta-feira (9), o dólar à vista operava em baixa de 0,12%, cotado a R$ 5,6551 na compra e na venda. Na B3 (Bolsa de Valores brasileira), o dólar para junho, atualmente mais líquido, caía 0,09% a R$ 5,6840.
Confira o valor do dólar hoje
Dólar comercial
Usado em negociações internacionais e operações financeiras.
- Compra: R$ 5,655
- Venda: R$ 5655
Dólar turismo
Voltado para viagens e compras no exterior, sua cotação inclui impostos e taxas.
- Compra: R$ 5,739
- Venda: R$ 5,919
O que fez o dólar cair?
Em um dia de negociações com menor volume no mercado financeiro, o dólar registrou leve desvalorização nesta sexta-feira (9), acompanhando o enfraquecimento da moeda norte-americana frente a outras divisas globais. A queda ocorre em meio à expectativa pela rodada de conversas entre representantes dos Estados Unidos e da China, marcada para o fim de semana na Suíça.
Os olhares do mercado se voltam para o encontro entre o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, e o representante comercial Jamieson Greer, com autoridades chinesas. Apesar de o governo dos EUA ter suspendido temporariamente o aumento de tarifas para a maioria dos países no mês anterior, a sobretaxa de 145% imposta a produtos chineses permanece em vigor.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reforçou nesta sexta-feira sua postura protecionista. Em publicação nas redes sociais, defendeu a imposição de tarifas comerciais elevadas contra a China, afirmando que “80% parece um número justo”. Trump acrescentou: “A China deveria abrir seu mercado para os EUA – seria muito bom para eles!!! Mercados fechados não funcionam mais!!!”.
A incerteza em torno das políticas comerciais entre as duas maiores economias do mundo tem sido um fator de influência direta no comportamento do valor do dólar. A permanência de tarifas elevadas sobre produtos chineses e a retórica agressiva da Casa Branca aumentam o nervosismo dos investidores e provocam oscilações nos ativos globais.
Enquanto isso, no cenário interno, os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicaram que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve alta de 0,43% em abril. O resultado inflacionário reforça o monitoramento por parte do mercado financeiro quanto aos próximos passos da política monetária nacional.
Combinados, os fatores externos e internos mantêm os agentes econômicos em cautela, o que influencia diretamente o câmbio e o valor do dólar no país.