

Valor do dólar dispara nesta terça-feira (7), com incertezas sobre acordos comerciais entre EUA e China – Foto: Deny Campos/Arte/ND
O valor do dólar fechou o dia em alta nesta terça-feira (6), conforme o Banco Central do Brasil. Pela manhã, a moeda norte-americana estava custando R$ 5,71. Na segunda-feira (5), o fechamento ficou em R$ 5,68.
O dólar registrou alta frente ao real nesta terça-feira (6), refletindo a aversão a riscos dos investidores diante da demora em concretizar acordos comerciais prometidos pelos EUA.
Apesar da pausa de 90 dias nas tarifas anunciada por Donald Trump, novas ameaças — como taxas sobre filmes estrangeiros e medicamentos — mantêm o mercado em alerta.
Às 17h04 (horário de Brasília) desta terça-feira (6), o dólar à vista operava em alta de 0,40%, cotado a R$ 5,7108 na compra e na venda. Na B3 (Bolsa de Valores brasileira), o dólar para junho, atualmente mais líquido, subia 0,05% com 5.736 pontos.
Confira o valor do dólar hoje
Dólar comercial
Usado em negociações internacionais e operações financeiras.
- Compra: R$ 5,711
- Venda: R$ 5,711
Dólar turismo
Voltado para viagens e compras no exterior, sua cotação inclui impostos e taxas.
- Compra: R$ 5,752
- Venda: R$ 5,932
O que fez o dólar subir?
Enquanto aguardam a “superquarta”, quando Fed e BCB anunciarão suas decisões monetárias, os agentes financeiros monitoram como as autoridades avaliarão os impactos da guerra comercial na inflação e no crescimento. O dólar também sente a pressão das quedas nas bolsas americana e europeia, que ampliaram a fuga para ativos seguros.
A trajetória do dólar nesta semana segue atrelada aos rumores sobre política comercial. O otimismo da semana passada, que beneficiou moedas emergentes como o real, deu lugar à cautela com a falta de avanços concretos nas negociações prometidas por Washington.
Trump continua a balançar o mercado com medidas contraditórias: enquanto sinaliza possíveis acordos, amplia a lista de produtos sob ameaça tarifária. Nesse cenário, o valor do dólar opera como refúgio, especialmente antes das decisões do Fed e do Copom, que podem sinalizar maior cautela diante dos riscos globais.