

Justiça da França determina que morador de SC continue preso por tráfico de drogas – Foto: Arquivo pessoal/Reprodução/ND
André Alves do Nascimento deve continuar preso até o final de julho de 2025, conforme decisão da Justiça da França. O morador de Joinville chegou a ser dado como desaparecido, mas após dois meses de procura ele foi localizado pela Interpol em uma prisão de Paris. O turista foi detido por tráfico de drogas durante uma viagem entre a França e a Holanda.
“No início, ele ficaria [preso] até os primeiros dias de março, porém ele teve uma audiência e a Justiça determinou mais 4 meses fechado por lá”, relata a mãe de criação de André, Mari Garcia.
Ela ainda conta que a família já conseguiu entrar em contato com André e confirmou que ele está bem.
Desaparecimento e prisão por tráfico de drogas
André foi dado como desaparecido no dia 6 de novembro de 2024, quando realizava uma viagem de trem entre França e Holanda. Ao portal ND Mais, um amigo contou que a última vez que teve informações sobre André foi por meio da internet. “Por stories [publicação no Instagram], vimos ele dentro do vagão a caminho de Amsterdã”, relatou.

André Alves Nascimento passou dois meses desaparecido – Foto: Arquivo pessoal/ND
Familiares e amigos não conseguiram mais contatar André a partir desse momento. O morador do Norte catarinense deveria retornar ao Brasil no dia 18 de novembro, o que não aconteceu.
Após mais de dois meses de procura, o brasileiro foi localizado pela Interpol e teve sua prisão confirmada pela Polícia Federal no dia 13 de janeiro de 2025.
André está preso desde o dia 7 de novembro no centro penitenciário de Fleury-Mérogis, em Paris. Segundo o Ministério Público francês, André poderia ser julgado por tráfico de drogas e passar vários meses ou anos detido no país.
“Ele foi, portanto, indiciado e colocado em prisão preventiva. A prisão preventiva pode durar vários meses ou vários anos, dependendo da evolução da investigação”, afirmou o procurador adjunto da Justiça francesa, Maylis de Roeck.
Relembre o caso
Natural de Campina Grande, na Paraíba, André está na Europa desde o início de novembro, quando embarcou em um “mochilão” pelo continente. Toda a viagem era feita a turismo e ele deveria retornar ao Brasil no dia 18 de novembro de 2024.
“Ele viajou sozinho, mas alguns amigos comentaram que ele tinha conhecido uma pessoa em Joinville e que, possivelmente, encontraria essa pessoa em Amsterdã”, contou Andréia Alves, irmã de André, em entrevista ao portal ND Mais em dezembro de 2024.
O último contato do rapaz com amigos e família foi quando estava em uma estação de trem, em Paris. “Ele nos falou que estava no trem indo para Amsterdã e que nos comunicaria quando chegasse lá”, relembrou a irmã.
Já Mari Garcia, mãe de criação de André, conversou com o rapaz por volta das 11h, horário de Brasília, no dia 6 de novembro. “Depois disso, eu não consegui mais falar com ele. Estranhei porque ele é muito ativo nas redes sociais, no Instagram principalmente. E desde então ele parou de postar qualquer foto ou vídeo. Logo vi que tinha algo errado”, relatou.
A família de André demorou para ser comunicada oficialmente sobre a prisão. “Ficamos sabendo ao final da tarde do dia 13 [de janeiro], através de páginas de jornais”, disse Andreia.
“Estamos aliviados por saber que está com vida, mas fica a frustração por saber que ele se envolveu com esse tipo de coisa. Esses não foram os princípios ensinados pela nossa mãe. Agora é aguardar o dia da liberação dele, a transferência para o Brasil, porque só aqui nos podemos fazer algo”, relata a irmã.
Ainda de acordo com ela, a família quer poder entrar em contato com o jovem preso na Europa para ouvir o que ele tem a dizer. “Qual a necessidade disso? Espero que seja um engano”, afirma.