Operação policial com 7 mortos no Amapá: o que se sabe e o que falta esclarecer


Ação no bairro do Pantanal, em Macapá, gerou controvérsias e investigações sobre possíveis excessos cometidos pelos policiais envolvidos, que foram afastados. Secretaria afirma que três das sete vítimas não tinha histórico criminal. Polícia Civil instaura inquérito para investigar intervenção da PM com 7 mortes em Macapá
Sete pessoas morreram durante uma ação da Polícia Militar do Amapá na madrugada deste domingo (4) na Zona Norte de Macapá. De acordo com o boletim de ocorrência registrado pelos policiais, os disparos foram uma reação a um ataque a tiros realizado por ocupantes de um carro branco. Testemunhas, no entanto, contestam essa versão e dizem que as vítimas voltavam de uma partida de futebol.
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Segundo a Secretaria de Justiça e Segurança Pública do Amapá (Sejusp), os policiais atendiam a uma denúncia de tráfico de drogas. Os agentes envolvidos na operação foram afastados para apuração do caso.
O g1 preparou uma lista com o já se sabe sobre o caso e o que ainda falta esclarecer:
O que aconteceu na operação policial?
Quem são as vítimas da operação?
Algum policial ficou ferido?
Todos os homens mortos estavam dentro do carro?
O que foi encontrado no local da operação?
Qual é a versão da polícia sobre o ocorrido?
O que dizem as testemunhas
O que aconteceu com os policiais envolvidos na operação?
Advogada é presa após operação
Qual é o status da investigação?
1. O que aconteceu na operação policial?
Ocorrência policial termina com vários mortos no Amapá
Sete pessoas morreram durante uma ação da Polícia Militar no bairro do Pantanal, Zona Norte de Macapá, na madrugada de domingo (4). Segundo a polícia, a operação foi realizada após uma denúncia de tráfico de drogas envolvendo pessoas armadas.
2. Quem são as vítimas da operação?
Da direita para a esquerda: Erick Marlon Pimentel Ferreira; Emanuel Braya Pimentel Ferreira; Wesley Jhonata Monteiro Ribeiro; Cleiton Ramon da Silva Ferreira; e Wendel Cristian Conceição Wanderley
Reprodução
Segundo a Sejusp, entre os mortos está Erick Marlon Pimentel Ferreira, identificado pela polícia como chefe do tráfico de drogas na Zona Norte de Macapá e que possuía uma extensa ficha criminal.
As outras seis vítimas, de acordo com o boletim de ocorrência, são:
Thiago Cardoso da Fonseca
Emanuel Braya Pimentel Ferreira
Wesley Jhonata Monteiro Ribeiro
Cleiton Ramon da Silva Ferreira
Wendel Cristian Conceição Wanderley
Max Dias Tolosa, de 14 anos
A secretaria informou que três das pessoas mortas não tinham antecedentes criminais, mas não deixou claro quais delas nem divulgou a ficha criminal das outras três.
3. Algum policial ficou ferido?
Um PM que realizava policiamento em motocicleta ficou ferido após ser atingido pelo carro em que o grupo estava. Segundo boletim de ocorrência, o carro branco bateu em uma viatura e também na motocicleta, derrubando o policial. Ele foi atendido por uma viatura do Corpo de Bombeiros e liberado.
4. Todos os homens mortos estavam dentro do carro?
Interior do carro envolvido na ocorrência
Mariana Ferreira/g1
A polícia não informou se todos os mortos na operação policial estavam dentro do carro no momento em que foram baleados.
5. O que foi encontrado no local da operação?
Na ação, segundo a polícia, foram apreendidos revólveres, pistolas, espingardas e munições, além de drogas e dinheiro.
6. Qual é a versão da polícia sobre o ocorrido?
Segundo a polícia, os primeiros tiros partiram do veículo onde estavam as vítimas, que colidiu com uma viatura da PM durante a operação. A polícia afirma que quatro ocupantes do carro estavam envolvidos com tráfico de drogas e porte ilegal de armas.
7. O que dizem as testemunhas
Testemunhas contestam a versão da polícia, alegando que os jovens mortos não estavam envolvidos com tráfico de drogas e que retornavam de uma partida de futebol quando foram abordados pela polícia.
8. O que aconteceu com os policiais envolvidos na operação?
Os policiais envolvidos na operação foram afastados enquanto o caso é investigado pela Sejusp. A investigação busca determinar se os policiais agiram dentro das normas da instituição ou se houve excesso.
9. Advogada é presa após operação
Após a operação, uma advogada foi presa pela PM sob a acusação de desacato. O secretário da Sejusp disse que ela tentou entrar na área, que já estava isolada, e foi impedida pela equipe.
Após ser conduzida ao Ciosp do Pacoval, ela foi liberada por estar em exercício da função, informou a Sejusp. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-AP) informou em nota que foi algemada enquanto defendia um cidadão e que a prisão de um advogado só pode ocorrer em casos extremos de flagrante delito por crime inafiançável.
10. Qual é o status da investigação?
Durante coletiva de imprensa, o secretário da Sejusp informou que a Polícia Civil abriu inquérito e que os PMs foram afastados das atividades. O secretário destacou ainda que o caso está sendo investigado com imparcialidade.
Veículo utilizado pelo grupo que morreu durante operação da PM no Amapá
internet
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, na madrugada deste domingo (4).
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