Países promovem políticas para corrigir imigração ilegal – Foto: Canva/ND
Uma onda de deportações motivada pela imigração ilegal tem mobilizado ações em diversos países. Para facilitar a saída de imigrantes em situação irregular, governos lançam medidas e programas que incentivam o retorno voluntário ao país de origem.
No sábado (3), Portugal estabeleceu um prazo de 20 dias para que 18 mil imigrantes deixem o país voluntariamente. Já nesta segunda-feira (5), o governo dos Estados Unidos anunciou um programa que pagará US$ 1 mil (aproximadamente R$ 5.650) para cada imigrante que optar pelo retorno voluntário.
Imigração ilegal em Portugal motiva prazo para saída voluntária de milhares de imigrantes
A medida portuguesa é destinada a 18 mil estrangeiros que solicitaram residência e não atenderam às exigências legais. A ação é interpretada como parte da estratégia política da centro-direita do país, especialmente com a proximidade das eleições parlamentares.
Coalizão de centro-direita Aliança Democrática usa imigração ilegal com estratégia política – Foto: Wirestock/Freepik
Cerca de 4,5 mil pessoas já foram notificadas. Quem não deixar o país em até 20 dias após o recebimento do aviso poderá ser alvo de processo de deportação.
Segundo o governo português, dois terços dos pedidos negados envolvem cidadãos da Índia.
Imigração ilegal nos EUA leva governo a oferecer pagamento por autodeportação
Nos Estados Unidos, o novo anúncio do DHS (Departamento de Segurança Interna) prevê o pagamento de US$ 1 mil a cada imigrante irregular que aceite retornar voluntariamente ao país de origem. A viagem também será subsidiada.
Política anti-imigração faz parte de promessa de campanha do Donald Trump – Foto: Roberto Schmidt/AFP/ND
Em nota, uma porta-voz do DHS afirmou que a “autodeportação” é a forma mais segura e econômica de saída. “O valor será pago assim que o migrante pisar novamente no país de origem”, explicou.
O governo justifica o incentivo como medida de economia. Atualmente, estima-se que a prisão e remoção de cada imigrante custe cerca de US$ 17 mil (aproximadamente R$ 96,5 mil), enquanto o novo programa pode representar uma economia de 70% aos cofres públicos.