
Neste sábado (3), a presidente do México, Claudia Sheinbaum, rejeitou em ligação telefônica com Donald Trump, a proposta de enviar o exército dos Estados Unidos ao território mexicano para combater cartéis de droga, argumentando que a soberania nacional é inviolável.
Segundo relato de Sheinbaum à agência AFP, Trump perguntou “como poderia ajudá-la a combater o crime organizado” e sugeriu o destacamento de tropas americanas no México.
“Eu disse-lhe: ‘Não, Presidente Trump, o território (do México) é inviolável, a soberania é inviolável (…), nunca aceitaremos a presença do exército americano no nosso território’”, afirmou a chefe de Estado, traduzindo fielmente suas declarações.
Proposta de cooperação e controle de armas
Embora tenha recusado o apoio militar direto, Sheinbaum ofereceu “colaborar e partilhar informações” com os Estados Unidos para enfrentar as quadrilhas.
Ela solicitou ainda que Trump intensifique ações para frear o tráfico de armas — apontado como causa principal da escalada de violência que, em quase duas décadas, resultou em mais de 450 mil vítimas.
Na última sexta-feira, o governo americano emitiu diretriz para “fazer de tudo o que for possível para impedir a entrada de armas no nosso país a partir dos Estados Unidos”, conforme ressaltou a presidente mexicana.