
*Por Rav Sany
Exatos 80 anos após o Holocausto, o povo judeu se vê, mais uma vez, forçado a reafirmar seu direito à existência.
O ataque brutal de 7 de outubro de 2023, quando terroristas do Hamas invadiram Israel, torturaram, barbarizaram, assassinaram civis e sequestraram homens, mulheres, idosos e crianças, expôs ao mundo a face do ódio que nunca cessou infelizmentte.
Reféns seguem em cativeiro em Gaza, enquanto o antissemitismo explode em nível global, com ataques físicos, boicotes, vandalismo e ameaças, inclusive nas principais universidades e capitais do Ocidente.
Sim, Israel é o único país cujo direito de existir é constantemente colocado em dúvida. Enquanto o mundo normaliza regimes bárbaros e ignora massacres que ocorrem diariamente em outros lugares, julga Israel por padrões duplos e criminaliza sua autodefesa.
Em meio a esse cenário, Israel permanece um milagre moderno: uma democracia vibrante, inovadora, plural, pujante e resiliente no coração de uma região instável.
O que estamos celebrando neste Iom Haatzmaut, o 77º aniversário de nossa independência, que começa hoje à noite, é mais do que a fundação de um Estado.
É a confirmação do renascimento de um povo que, mesmo após milênios de exílio, perseguições, pogroms e o genocídio da Shoah (Holocausto), não se dobrou, não desapareceu e ressurgiu com força, sabedoria e fé. E ainda traz luz ao mundo.
Essa vitória teve e ainda tem um custo imenso. Na véspera do Iom Haatzmaut, celebramos o Iom Hazikaron, em memória dos soldados e civis que deram suas vidas por Israel.
Neste ano e no do ano passado, o luto é ainda mais profundo. Choramos os que caíram no ataque de outubro e clamamos diariamente pelo retorno dos reféns.
Somos gratos àqueles que resistem, combatem, salvam e mantêm viva a chama de nossa nação.
Mas este não deve ser apenas um dia de comemoração: é também um chamado à introspecção.
Onde estamos em relação à Terra de Israel? Qual é o nosso grau de conexão com ela, seja espiritual, emocional, existencial?
A Torá, os nossos sábios e a nossa história apontam Israel como o centro gravitacional da alma judaica. Desde o “Lech Lechá” dito a Avraham, até os nossos dias, a Terra de Israel é a morada natural de nosso destino coletivo.
Devemos nos conectar emocional e espiritualmente a Israel para que, embora possamos estar vivendo em outro lugar, sintamos a realidade de que nosso verdadeiro lar é apenas em Israel e que somos verdadeiramente seus cidadãos.
Ao fazer isso, realmente teremos controle sobre o anseio pela redenção que deve vir rapidamente.
E que o retorno dos reféns, a paz para nossa terra e a vinda do Mashiach ocorram rapidamente, em nossos dias.
Amén!
Rabino Sany Sonnenreich, mais conhecido como Rav Sany, é presidente do Instituto Rav Sany de Comunicação e Cultura Judaica – Sonnen Group e RS Prime Club. O IRS (instituto) é membro da entidade Olami, uma rede com 320 unidades pelo mundo focadas em direcionar o público jovem a uma vida de valores. Ele, que apresenta aos domingos o programa Rav Sany Live Show pelo +SBT, SCC SBT e rede Mais Família de TV, tem forte presença nas redes sociais Youtube, Instagram, TikTok e Facebook (@byravsany) com mensagens de vida rápidas, bem-humoradas, inspiradoras e motivantes numa linguagem acessível a todos.Constantemente é chamado como porta-voz do judaísmo, na imprensa, em apresentações públicas e em podcasts. www.ravsany.com
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal iG