

Construção da Hurbana no Passeio Bocaiúva explora o conceito de obra limpa – Foto: Divulgação/ND
A quadra localizada entre a travessa Carreirão e a travessa Abílio de Oliveira, paralela à rua Bocaiúva e à avenida Beira-Mar Norte, está em fase de demolição das edificações antigas para dar início à construção do Passeio Bocaiúva, novo empreendimento da empresa Hurbana.
O projeto prevê a criação de um espaço com uso misto — residencial e comercial — inspirado nos modelos já aplicados pela empresa nos passeios Pedra Branca, Sapiens e Primavera.
Obra limpa no Passeio Bocaiúva
Segundo a Hurbana, os trabalhos no canteiro têm seguido diretrizes de “obra limpa”, com medidas voltadas à redução de impactos para a vizinhança.
O projeto do Passeio Bocaiúva tem ações como a manutenção das calçadas livres, controle da poeira por meio de spray de água e o uso de tapumes para segurança e proteção visual do entorno.
“Cada vez que vamos começar a desenvolver um projeto, consideramos que ele faz parte de uma realidade já existente, e não um produto isolado”, afirmou a diretora executiva da Hurbana, Patricia Philippi.

Diretora executiva da Hurbana, Patricia Philippi, destaca o planejamento do Passeio Bocaiúva – Foto: Divulgação/ND
Cuidado com o tráfego de veículos
De acordo com o gerente de engenharia da Hurbana, Flavio Ludvig, o transporte de caminhões tem sido planejado para não interferir diretamente no tráfego da Bocaiúva.
Os veículos entram pela travessa Abílio de Oliveira e saem para a avenida Beira-Mar, sem precisar cruzar a via principal. A empresa também prevê o uso de lavadores de rodas, para evitar sujeira nas ruas durante as próximas etapas da obra.
“Em casos pontuais, quando o uso da Bocaiúva for inevitável, fazemos contato prévio com a Guarda Municipal para eventuais bloqueios. Precisamos manter a mobilidade da região, pois a cidade não pode parar.”
Segundo Ludvig, o estudo de impacto de vizinhança apontou como solução o alargamento das duas travessas laterais ao terreno, a Carreirão e a Abílio de Oliveira.
A medida, de acordo com ele, deve melhorar a circulação de veículos e reduzir congestionamentos durante e após as obras. “Vamos ter um fluxo muito grande de caminhões, várias concretagens vão ocorrer e a população tem que estar satisfeita com o que vem acontecendo.”
Gestão de resíduos
A gestão dos resíduos também foi destacada pela Hurbana como uma das prioridades do processo. Os materiais resultantes das demolições estão sendo separados, e parte deles tem destino social.
Portas, janelas e equipamentos retirados em bom estado foram encaminhados a projetos da comunidade Frei Damião, com apoio do Instituto Pedra Branca.

Construção do Passeio Bocaiúva tem ações para a gestão dos resíduos e do tráfego de veículos – Foto: Divulgação/ND
“Seguimos as diretrizes do Conama e da prefeitura. Concreto, tijolos e telhas estão sendo reutilizados na própria obra. Materiais como vidro, gesso e alumínio são enviados para reciclagem”, informou o engenheiro sênior da Hurbana, Renato Ramos.
“Aquilo que pode ser reaproveitado de forma inteira é separado e doado. Sabemos que há carência desse tipo de material em comunidades, e procuramos dar um destino útil”, completou.
Enquanto as obras prosseguem na quadra em transformação, parte dos estabelecimentos comerciais que funcionavam no local foi transferida temporariamente para a Casa Hurbana Bocaiúva, espaço inaugurado na esquina da Abílio de Oliveira com a Bocaiúva.
No novo endereço, funcionam comércios tradicionais como o Boteco da Ilha, Emporium Bocaiúva, Confeitaria Chuvisco, Bike Dream e Ene Sushi.
Segundo a diretora executiva, a Casa Hurbana serve como uma espécie de vitrine do futuro projeto, além de abrigar o showroom do Passeio Bocaiúva.
“Ela foi a estratégia para mostrar, numa escala menor, o que pretendemos entregar em termos de arquitetura, de preocupação e valorização do espaço público, fachada ativa, vida na rua”, explicou Patricia.