
Jonathan Messias Santos da Silva, de 35 anos, responde preso preventivamente pelo assassinato de Gabriela Anelli. A vítima tinha 23 anos quando foi morta em 2023 em São Paulo. Réu será interrogado nesta terça (20). Júri do flamenguista acusado de matar torcedora do Palmeiras com garrafada no pescoço come
O julgamento do torcedor do Flamengo que matou a torcedora do Palmeiras em 2023 em São Paulo entra no segundo dia nesta terça-feira (20). Jonathan Messias Santos da Silva, de 35 anos, responde preso preventivamente pelo assassinato de Gabriela Anelli. A vítima tinha 23 anos quando foi morta.
Segundo o Tribunal de Justiça (TJ), a expectativa é de que o réu seja interrogado nesta manhã e depois ocorram os debates entre a acusação e a defesa. Após isso, os sete jurados se reúnem e votam se acusado é culpado ou inocente pelo assassinato, e ainda se ele tem de ser condenado ou absolvido pelo crime. A sentença será dada pela juíza Isadora Botti Beraldo Moro.
O júri começou na segunda-feira (19) no Fórum Criminal da Barra Funda, na Zona Oeste. Foram ouvidas testemunhas da acusação e da defesa.
O flamenguista é acusado pelo Ministério Público (MP) de atirar a garrafa que atingiu a palmeirense do lado de fora do Allianz Parque, em 8 de julho de 2023, na Barra Funda, Zona Oeste da capital paulista. Grupos de torcedores rivais brigaram perto do estádio antes da partida entre Palmeiras e Flamengo pelo Campeonato Brasileiro de futebol masculino. Foram jogados vários objetos entre eles.
Estilhaços da garrafa, que espatifou, cortaram o pescoço de Gabriela. A torcedora foi levada de ambulância, gravemente ferida, a um hospital, onde teve duas paradas cardíacas e morreu dois dias depois.
Jonathan foi reconhecido dias depois como o homem que aparece em vídeos gravados por testemunhas e câmeras de monitoramento de segurança atirando o objeto (veja vídeo abaixo). Ele também foi identificado por câmeras de reconhecimento facial entrando no estádio do Palmeiras após a confusão do lado de fora.
Jonathan ao entrar na arena do Palmeiras e Gabriela Anelli Marchiano, que morreu
Reprodução
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A Polícia Civil o prendeu em 25 de julho de 2023. O MP o acusou pelo crime de homicídio doloso com dolo eventual, que é aquele no qual se assume o risco de matar. A Justiça aceitou a denúncia da Promotoria e tornou o flamenguista réu no processo.
Jonathan morava no Rio de Janeiro, onde era diretor de uma escola municipal em Campo Grande, cidade fluminense. O g1 tenta entrar em contato com a defesa do flamenguista para comentar o assunto.
A equipe de reportagem também tenta falar com advogados que defendem os interesses da família da palmeirense.
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