
Suspeito trabalha em banco estatal e não tem antecedentes criminais. Bomba foi encontrada por um vigilante do Terminal do Boqueirão no fim de março. Polícia prende suspeito de colocar bomba no terminal do Boqueirão
A Polícia Civil (PC-PR) investiga se o homem suspeito de ter colocado uma bomba em um terminal de ônibus em Curitiba tem ligação com outros movimentos com situações semelhantes no país. Segundo o delegado Adriano Chohfi, da Delegacia de Explosivos, Armas e Munições, tudo indica que o suspeito não agiu sozinho.
“Tudo indica que ele não praticou isso sozinho […] Nós tivemos situações análogas, com os mesmos panfletos e com o mesmo modus operandi, colocando o artefato explosivo caseiro feito por quem estudou na internet em terminais onde tem várias pessoas”, explicou o delegado.
✅ Siga o canal do g1 PR no WhatsApp
✅ Siga o canal do g1 PR no Telegram
O principal suspeito, um advogado de 28 anos que também trabalha em um banco estatal, foi preso na segunda-feira (12).
O nome do suspeito não foi divulgado. Além disso, a polícia não detalhou o objetivo dos grupos citados.
A bomba foi encontrada por um vigilante do Terminal do Boqueirão por volta das 7h da manhã no fim de março. Ele notou uma sacola com panfletos políticos liberando fumaça e acionou imediatamente a polícia.
O Esquadrão Antibombas da Polícia Militar (PM-PR) confirmou o risco e realizou uma explosão controlada. Segundo a PM, a bomba não explodiu sozinha porque o equipamento de detonação falhou.
O suspeito, que não tem antecedentes criminais, foi alvo de uma operação que apreendeu dois revólveres e materiais como fitas adesivas e fios de cobre semelhantes aos que foram usados no explosivo.
Homem arquitetou plano utilizando disfarces, trocas de roupas e rotas alternativas para tentar escapar da identificação pela polícia
PCPR
Além disso, a corporação encontrou também perucas usadas pelo suspeito para dificultar a identificação.
Conforme a polícia, ainda não é possível apontar os motivos que levaram o suspeito a deixar a bomba no terminal.
Ele deverá responder pelo crime de explosão, que tem pena de três a seis anos de prisão, com multa.
LEIA TAMBÉM:
‘O Solucionador’: Operação interdita lojas de empresa em Curitiba que orientou clientes a esconderem bens e não pagarem boletos
Operação: Mergulhadores realizam força-tarefa para retirar 39 toneladas de fertilizante que caíram no Rio Paraná junto com carreta
Estradas: Grávida fica em estado grave após ser atropelada por caminhão dos Correios
Investigações
Polícia encontrou perucas em endereço ligado ao suspeito
PCPR
Imagens de câmeras de segurança registradas no dia do crime foram divulgadas pela polícia. Nelas, é possível observar o suspeito com um capuz preto, máscara, óculos e luvas.
Segundo a corporação, o homem foi até o terminal usando um ônibus do transporte coletivo e utilizando um cartão avulso para pagar a passagem, também a fim de dificultar a identificação.
Além disso, as investigações apontaram que o homem arquitetou o plano utilizando disfarces, trocas de roupas e rotas alternativas para tentar escapar da identificação pela polícia.
Na segunda, um dos mandados de busca e apreensão foi cumprido em uma casa alugada no Ganchinho, onde o suspeito foi visto em diversas ocasiões. A polícia acredita que o crime pode ter sido planejado no local.
Os investigadores chegaram ao homem depois de analisar imagens de estabelecimentos comerciais, identificando o uso de transporte público e veículo particular pelo suspeito.
Além da identificação completa do investigado, os policiais identificaram que ele tem um endereço no bairro Ahú, distante do local do crime.
As investigações continuam. A polícia deve ouvir agora pessoas que estiveram nos endereços ligados ao suspeito e que conversaram com ele depois do dia em que o explosivo foi deixado no Terminal do Boqueirão.
Bomba é encontrada em terminal de transporte público de Curitiba
Bomba é encontrada em terminal de transporte público de Curitiba com bilhete ‘perigo, risco de explosão’
Reprodução RPC
VÍDEOS: Mais assistidos do g1 Paraná
Leia mais notícias no g1 Paraná.