A diretora do Centro Municipal de Educação Infantil Semente do Amanhã, no bairro IAPI, em Salvador, foi agredida na tarde de quarta-feira (30) por Rita de Cássia Conceição, mãe de uma aluna de 5 anos matriculada na unidade.
O episódio ocorreu no interior da escola e foi registrado pelas câmeras de segurança. A Polícia Civil investiga o caso como lesão corporal.
Segundo informações da Secretaria Municipal da Educação, a agressão foi motivada por um desentendimento a respeito de um machucado apresentado pela criança. A avó da aluna havia procurado a escola para questionar a origem do ferimento.
A equipe pedagógica teria informado que a criança mencionou ter caído da cama em casa. O procedimento adotado foi considerado padrão pela gestão da unidade, segundo relatado pela diretora Ticiane Oliveira Sampaio.
Ao buscar a filha no final da tarde, Rita de Cássia confrontou a diretora, acusando-a de tê-la responsabilizado pelo machucado.
“A mãe chegou bastante nervosa me acusando de ter induzido a filha a dizer que foi ela que tinha batido [na aluna]”, disse Ticiane ao jornal Correio.
“Eu tentava convencê-la que não houve conversa nenhuma com a filha e explicava o tempo todo apenas que tinha ocorrido o procedimento padrão com os professores”, completou a diretora.
As imagens de vídeo, que estão sendo analisadas pela Polícia Civil, mostram o momento em que a mãe agride a gestora da escola. Um funcionário do transporte escolar, identificado apenas como Paulo, interveio e conteve a agressora.
Ticiane, de 37 anos, apresentou lesões leves, incluindo dificuldades para mover o pescoço. A diretora também relatou abalo emocional e foi afastada temporariamente das atividades administrativas.
Posição da Secretaria Municipal de Educação
Em nota, a Smed lamentou o ocorrido e repudiou a violência, afirmando que a escola seguiu os protocolos estabelecidos para atendimento de situações envolvendo crianças com lesões. A secretaria também informou que prestou apoio à diretora e que acompanha as investigações.
Rita de Cássia foi levada à Delegacia Especial de Atendimento à Mulher, no bairro de Brotas. Em depoimento preliminar, alegou ter agido por impulso. Segundo registro policial, ela afirmou que acreditou estar sendo acusada de maus-tratos e reagiu emocionalmente.
A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar o caso. As imagens das câmeras de segurança serão utilizadas para esclarecer a sequência dos acontecimentos.
A diretora, a agressora e testemunhas deverão prestar novos depoimentos nos próximos dias. Até o momento, não há decisão judicial sobre eventuais medidas cautelares ou denúncia formal por parte do Ministério Público.
A criança segue frequentando a unidade de ensino. A Prefeitura de Salvador informou que manterá o funcionamento normal da escola, com reforço nas medidas de segurança.
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