
Três homens foram presos pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, neste domingo (20), suspeito de planejar o assassinato de um homem em situação de rua, que seria transmitido ao vivo pela internet.
Os homens são integrantes de um núcleo criminoso que atuava em ambientes virtuais e que já vinha sendo investigado, promovendo radicalização, maus-tratos a animais, incentivo à automutilação e o planejamento de atos violentos. De acordo com os investigadores, eles utilizavam a plataforma Discord.
Os mandados de prisão foram cumpridos em Vicente de Carvalho, na Zona Norte da capital, e Bangu, na Zona Oeste, no âmbito da Operação Desfaçatez, e os envolvidos foram identificados nos grupos de internet por meio do Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab).
Fizeram parte da ação deste domingo, policiais civis da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV) e da 19ª DP (Tijuca), com apoio da Subsecretaria de Inteligência (Ssinte) e do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).
Disseminação de conteúdo violento
De acordo com os policiais, as investigações revelaram que o grupo atuava de forma coordenada, disseminando conteúdo violento e promovendo apologia a crimes com a automutilação coletiva de meninas, crueldade contra animais e incitação ao extremismo religioso.
O crime mais grave — o assassinato de um morador de rua previsto para acontecer neste domingo — seria transmitido ao vivo em troca de dinheiro.
Os três presos são apontados como líderes do grupo e executores da comunidade criminosa virtual. Chamou a atenção dos investigadores, inclusive, que um deles se apresentava como ativista ambiental, tendo participado de eventos internacionais.